Eu, grávida?

30 de Maio de 2014 - nunca pensei que o desfecho deste dia mudasse a minha vida por completo.

1 teste de gravidez, 2 tracinhos embora um muito claro e um positivo à vista! O meu coração parou... que misto de emoções, lágrimas e sorrisos! Primeira reacção? Chamar o papá e perguntar se eu estava a ver bem ou se eram coisas da minha cabeça... sinceramente, não me lembro de o teu pai alguma vez antes, se ter levantado tão rápido do sofá! E não.. não eram coisas da minha cabeça mas por via das dúvidas iríamos repetir o teste na manhã seguinte, e assim foi...

Já com todas as certezas tu lá estavas.. quase 1 mês. Claro que daqui para a frente nada ia ser o mesmo e não falo só das mudanças em mim, na minha vida, na tua... mas na de todos aqueles que a partir desse dia ganharam um amor incondicional por ti.

Eu não sabia nada do que significa e do que é ser mãe... felizmente, tive e tenho um excelente exemplo desse papel presente em todos os dias da minha vida e como conselho ela só me disse para seguir o meu instinto! E é assim que tenho feito e irei sempre fazer, tudo para conseguir ser para ti o que a tua avó tem sido para mim. 

A melhor coisa que me aconteceu? Não duvides. 

A primeira vez que ouvi o teu coração bater, para mim, tudo ganhou mais sentido de existir.

Soube naquele instante que não havia barreira que eu não superasse. Havia algo mais importante agora... tu.

8 semanas

15 semanas

10 semanas

A evolução correu bem.. passaram os primeiros 3 meses e tu estavas saudável. Até aos 3 meses foi uma luta... só pensava que tinha um ser dentro de mim, a crescer e que precisava de paz, estabilidade e calma. Foi difícil conseguir isso devido a muitas situações mas passou.

Não houve náuseas, não houve tonturas, vómitos, azia... nada! Só muito SONO e algumas dores de cabeça mas nada que a mamã não suportasse por ti.

O sentimento que mais me acompanhou até agora? Medo. Ansiedade. 

A pergunta é sempre a mesma: será que estás bem? 

Às 21 semanas e 4 dias... a descoberta: Simão Isaías Sousa Gonçalves... a caminho!

21 semanas e 4 dias

Cá estamos nós... 24 semanas, a entrar nos 6 meses, já deste volta, pregaste-me alguns sustos e algumas dorzitas mas passou. Estamos ansiosos por te ter nos braços, te ouvir chorar e te poder beijar. És o mundo dentro de mim e fora de mim. E eu não conhecia nada destes sentimentos, destes instintos de protecção, de preocupação... nada. Tem sido a maior aprendizagem da minha vida e tenho adorado a lição, dia após dia.

E não... não há nada melhor do que ser mãe.

Quem és tu, afinal?

Quem és tu, afinal?

O teu propósito de fazeres o meu coração acelerar cada vez que te aproximas de mim, arrepiares a minha pele só com um sopro, fazeres-me perder a voz e as palavras e só ter pra te dar como resposta um olhar? 
Quem és tu... que rouba assim a minha atenção do mundo, que confunde todos os meus sentimentos e faz bloquear todas as minhas tentativas de pensar com a cabeça e não com o coração? Que poder é este que tens sobre mim, que me faz sentir perdida mas ao mesmo tempo como se eu soubesse que não há outro lugar onde eu gostaria mais de estar se não a teu lado? Essa forma como me fazes suster a respiração e me fazes sentir as ditas borboletas no estômago, como é que o consegues? Como fazes para controlar todos os meus pensamentos e fincá-los só em ti fazendo-me criar uma história em mente, só de nós dois? O modo como me vicias na tua maneira de ser, de estar, de agir... como transformas todos os meus medos e receios em certezas que tudo irá correr bem!
Amor dizes tu ser... 
Amor é o nome pela qual te apresentas, te chegas perto e dominas-me completamente e justificas tudo isso com uma simples frase: estás apaixonada! 
E tu pedes-me calma dizendo que não é o fim do mundo! Aliás... Falas que só agora vou descobrir o mundo mas contigo do meu lado. E na tua vez de falar sobre emoções dizes que tudo agora é simples porque estou contigo, porque faço-te acreditar no futuro, no amanhã com uma história sem final, mas feliz. Que te faço ver a vida da forma mais bonita que alguma vez os teus olhos poderiam alcançar sem me ter aqui. Que tudo aquilo que digo sentir ou que me fazes tu sentir... que eu não imagino como tenho o mesmo efeito sobre ti e que é por isso que tu dizes que o nome disto tudo é AMOR.